Viking Bar

Ontem foi dia de Santos em Lisboa, depois de passar pela Bica, de dançar na calçada onde fomos todos parar ao Viking a nota mais alta já que chegamos tarde para o show da Fabiana, foi sem dúvida a diversidade musical ouviu-​se desde Iggy Pop a AC/​DC passando por Abba ou até Bonnie Tyler.
Acabamos bem neste bar dançante.

Ir ao Cais do Sodré e não ver a Fabiana no Viking, é como ir a Roma e não ver o Papa, mas com menos roupa.
O Viking é um varão de strip que, por acaso, tem um bar. Os momentos de interesse acontecem à uma e às três da manhã, quando a Fabiana, uma instituição da noite lisboeta, sobe ao palco e despe a roupa. Primeiro sozinha e depois acompanhada por uma pessoa ou um casal. Este é um daqueles fenónemos que não se explica mas que tem de se viver, pelo menos uma vez na vida. Mas estando lá, já agora repete-​se uma e outra vez.
Entre o público há surpresa, estupefacção, gargalhadas, engolir em seco, sobrancelhas franzidas, aplausos… vale tudo menos tirar os olhos do micro-​palco. Se a Fabiana estiver de férias, está lá a Mónica porque o espetáculo tem de continuar, mas não é a mesma coisa.
A Fabiana no palco, a bola de espelhos no tecto e a decoração kitsh dão ao Viking um ar de bas-​fond que só o Cais do Sodré poderia ter e, que por qualquer razão, nos atrai mais que repele. Pelo menos durante os quinze minutos em que a Fabiana dá o corpo ao manifesto.

Lembro-​me perfeitamente porque é que fui a primeira vez ao Viking, obviamente que fui ver o célebre show da Fabiane e o estranho é que, agora que já não é novidade, ainda fico atenta como da primeira vez. Tenho sempre a sensação que o bar inteiro pára para a ver dançar! Há fila para entrar no Viking e ver os shows da Fabiane, que dança 2 vezes por noite. Acabando o strip o Viking passa para a «modalidade» que eu gosto, é um dos melhores bares para ouvir os hits de quando era mais novinha, beber uns copos a preço acessível e tem aquela senhora adorável que traz as bebidas e eu posso continuar a dançar.

Já perdi a conta às vezes que vi o célebre show da Fabiana! Todas as noites à 1h e às 3h lá está ela, a stripper mais famosa de Lisboa. A certa altura a Fabiana saiu do Viking e até petições surgiram para pedir a volta desta emblemática senhora. É um show peculiar e quem já viu sabe do que falo. Convém não aparecer apenas 15 minutos antes do show porque poderá não chegar a entrar que aí as filas são extensas. Fora essa hora de ponta é fácil lá entrar.
Mas para além disso, gosto do Viking! Gosto das músicas e acho que já as sei todas de cor! Só ali dão êxitos da minha adolescência e posso cantar bem alto porque todos à minha volta o estarão a fazer também. Cheio às sextas e sábados mas com conceitos diferentes durante a semana. Às segundas é dia de Karaōke. Quem lá vai conhece a «Bebé», outra mítica senhora da casa que aponta pedidos para que não tenhamos de nos deslocar ao bar apinhado de gente. Um serviço que mantém a boémia pela qual a zona é conhecida.