Transmission

Já vim aqui muitas vezes. Nunca tive qualquer problema para entrar. É barato, descontraído e até já pude ver concertos por lá! Há matraquilhos logo à entrada, o que é coisa rara. Apesar de ser um espaço claramente alternativo, lá encontro diversos estilos de pessoas que comungam ali um momento diferente.
A música é que é uma surpresa… aqui ouvem-​se muitas vezes passagens descabidas, que entram à «martelada». De qualquer modo nada que estrague o ambiente. A malta alinha, e bem, ao som que passa.

Tantas noites que acabei no transmission quando a minha alma metaleira/​rockeira decidiu que era um bom dia para gritar bem alto refrões antigos. Há poucos espaços completamente underground como este, por momentos lembro-​me de bares por onde andei em Varsóvia devido ao tecto de tijolo e ambiente de cave perdida algures. Há anos que sinto esta casa igual e é assim que gosto de a ver quando volto. Gosto da música de hard rock e metal que aqui passa, embora sinta que alguns dias o som é de rock mais comercial e até clássico por vezes. É usual ver cabelos rodopiar no ar, roupas negras e botas biqueira de aço mas nem por isso fica mal não estar de acordo com o padrão. Fica mal é não cantar a plenos pulmões se assim apetecer.

É a discoteca para quem gosta de música mais alternativa. Não que não passé os últimos hits da rádio, mas quem chega um bocadinho mais cedo é sempre brindado com música um pouco mais pesada, normalmente metal. Se não te apetecer ir logo para a pista dançar podes aproveitar e fazer um jogo de matraquilhos. Não é sítio onde seja fácil conversar porque a música costuma estar um pouco mais alta do que eu acho aceitável. O espaço é um pouco underground, com arcadas em pedra a fazer lembrar uma cave, desenhos manga na parede e com pouca luz. Os preços são muito baratos. O aborrecido é que normalmente fecha às 4h da manhã.