Pavilhão de Segurança Enfermaria-Museu

A Oitava, o nome pela qual é mais conhecido este pavilhão, é uma antiga enfermaria-​prisão integrada no Hospital Miguel Bombarda, a unidade psiquiátrica mais antiga de Lisboa e entretanto encerrada. De planta panóptica, em que do centro do páteo, onde estaria uma cabine com um guarda, tudo era visível e controlável, é um dos melhores exemplos da arquitectura prisional deste género no mundo, sendo o seu valor arquitectónico inestimável, para não falar na memória das centenas de pessoas que viveram e morreram fechados e de malucos a loucos ficaram e que merecem ser recordadas. Este museu tem uma pequena secção com os instrumentos dos primórdios da psiquiatria, de coletes de força a máquinas de choques, e uma pequena sala com quadros, desenhos e poemas dos seus vários habitantes, de relembrar Ângelo Lima, poeta modernista, e Valentim de Barros, um bailarino encarcerado neste hospital de alienados por ser gay (homossexual, vá), um personagem esquecido e aqui deixado anos a fim. É pena que o horário não permita que sejam facilitadas as visitas e, embora um edifício protegido e transformado em museu, o seu destino é incerto com a desactivação do hospital.