Oásis

Caminhava eu no outro dia pela Avenida da Igreja quando uma jovem mulher, a fazer trabalho promocional, me abordou para dar a conhecer o novo restaurante vegetariano localizado no antigo centro comercial A.C.Santos.
Inicialmente, fiquei pouco convencida, até porque os argumentos da rapariga pareciam muito superficiais. No entanto, como não como carne, resolvi dar benefício da dúvida e espreitar o espaço: as instalações são engraçadas nas suas vestes quentes amarelas, sendo que o menu, cujas ementas variam de dia para dia, até é convidativo e por um preço bastante razoável (4.75 o prato normal). Fiquei com bastante vontade de voltar, em breve, e de testar a realidade deste Oásis.

A aventura começa se entrarmos pela Avenida da Igreja, pelo centro comercial, tendo que se atravessar uma loja para chegar ao restaurante…
Este espaço é do estilo do BIO, no conceito, mas uns furos abaixo no que diz respeito à qualidade dos pratos.
No entanto, os donos, que são ucranianos, apresentam uns preços competitivos no que diz respeito aos pratos, que começam nos 4,75 € no prato normal e pode ir até aos 8 €, um prato grande com variedade de produtos, uma espécie de mistura de vários pratos.
As ementas são equilibradas, estudadas, mas os sabores não surpreendem, ficando mais próximo do registo macrobiótico do que daqueles vegetarianos saborosos que cada vez atraem mais pessoas.
Vai-​se bem, mas não muitas vezes.

O Oásis expandiu-​se às paragens de Alvalade… Embora esteja escondido mesmo ao fundo de uma galeria comercial da Avenida da Igreja. Na verdade, o acesso também pode ser feito por uma grande loja chinesa que tem uma entrada directa na avenida, mas não faz o meu género atravessar uma loja chinesa para ir almoçar.
O espaço é que é sui generis… As cores predominantes são o verde lima e o amarelo. No tecto da sala maior de refeições há um candeeiro a imitar uma claraboia, decorado com nuvens e, lateralmente, atrás da cozinha, vê-​se a projecção da zen tv sob umas cortinas, fazendo com que a imagem não seja perfeitamente plana. A sala de espera tem sofás e uns quadros de gosto discutível que combinam perfeitamente com o ambiente. Também tenho de referir os balões amarelos e verdes espalhados estrategicamente pelas salas. Os preços dos pratos estão escritos a marcador vermelho nos azulejos amarelos das paredes da sala mas ninguém leva a mal.
O dono, o senhor Vital, é um ucraniano bastante simpático e, apesar das particularidades decorativas do espaço, os preços são bastante acessíveis mas a comida peca por não estar bem temperada. Fiquei com a sensação que podia ser tudo mais saboroso.