Em frente ao cemitério judaico situa-se uma tríade de lugares, dignos de visita. Para quem desce a Afonso III, o restaurante O Alfredo é o último, o que significa que antes passaram pel’ A Tia e pelo Zé. Tudo em família. É um restaurante mas serve principalmente de bebedouro e é assim que o conheço pois não é propriamente o tipo de sítios onde me sento para comer. Bebedouros são aqueles estabelecimentos onde compramos bebida para consumir na rua, normalmente à entrada dos mesmos, não vá a fonte fugir. É na rua que estes lugares se fazem, na verdade. Aqui, costumam estar clientes do costume, sempre na mesma algazarra, ora na entrada d’O Alfredo, ora na paragem de autocarro, ora em bate-bocas amigáveis com os clientes da cervejaria do lado, que em boa verdade são os mesmos daqui. A vista é o muro de um cemitério, as pessoas são homens e mulheres, divididos entre trabalhadores da zona e indigentes sem poiso que aqui vêm matar a sede a troco de dois dedos de conversa.