Mário Cabeleireiros

O espaço é unisexo, muito grande, moderno, e cheio de bom aspecto.
Recolhem os casacos à entrada que guardam cuidadosamente num armário, ajudam a vestir a bata e encaminham as pessoas para o salão mais à frente onde estão os lavatórios.
A primeira vez que lá entrei, fui acompanhar a minha mãe que se queixou no final que, após o pagamento, não lhe tinham entregue a factura/​recibo. A segunda vez que lá fui, sozinha, demoraram a atender-​me porque a funcionária que me lavou a cabeça estava perdida em conversas com o patrão, o Sr. Mário Costa, e nisto deixaram-​me perceber — através dessa conversa paralela — que aquilo que me impedia de ser atendida não se tratava de nenhuma emergência. Depois de a cabeça estar lavada, passei para o salão onde uma cabeleireira simpática e discreta me fez o corte respeitando o que lhe pedi. Quando estava nessa fase, antes da secagem, perguntei se a manicura estava livre e após verificarem transmitiram-​me que a mesma tinha marcações e que portanto não seria possível fazerem esse serviço. Algum tempo mais tarde, quando me dirigi para a recepção para efectuar o pagamento, chegou uma cliente que perguntou se havia disponibilidade para lhe «fazerem as unhas». Como me apercebi que ela não tinha marcação, e a manicura veio ao encontro dela buscá-​la achei que me deveriam ter perguntado primeiro se ainda queria que me fizessem esse trabalho. Manifestei o meu descontentamento antes de sair e não tornei ao espaço. Fiquei com a sensação que fazem tratamento diferenciado em relação a clientes antigos e novos, admito que possa ter sido um julgamento errado mas já tive experiências melhores.