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Teléfono:
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+351 21 397 2997
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Sitio web:
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Dirección:
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Rua São Bento, 358-1º, Lisboa, Portugal, 1200-822
São Bento
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Tivemos uma experiência profundamente traumática com o Hospital Veterinário de São Bento (HVSB), que infelizmente resultou na morte da nossa gatinha. A gatinha foi inicialmente levada a este hospital devido a uma inflamação dos sacos anais. Na primeira consulta, o médico veterinário falhou no diagnóstico e recusou-se a realizar um exame físico, comprometendo a identificação e tratamento da condição. Nas duas consultas seguintes, com uma segunda médica veterinária, a inflamação foi finalmente diagnosticada e tratada. No entanto, neste hospital é prática colocar gatos não vacinados em contacto direto com a mesa de exame. Infelizmente, a gatinha lambeu um líquido da mesa, que teve origem na secreção dos sacos anais libertada durante o tratamento, o que se confirmou como a provável via de contágio de panleucopénia felina — um vírus que se transmite entre gatos e através do contacto com superfícies contaminadas e mal desinfetadas. É provável que o contágio tenha ocorrido diretamente ao lamber o líquido, ou posteriormente, ao lamber as suas patinhas após o contacto com a superfície contaminada. Esta hipótese é ainda reforçada pelo facto de vivermos num apartamento sem acesso ao exterior, protegido por telas, onde já vivia o nosso gato adulto, vacinado e saudável. Na segunda consulta com a médica, embora tivesse sido combinado previamente que a vacina seria administrada, ela recusou, alegando que não tínhamos avisado na receção — o que fizemos. Em todas as consultas, os três veterinários colocaram a gatinha diretamente sobre a mesa de exame, apesar de termos sempre informado que ainda não era vacinada. Na quarta consulta, já com sintomas compatíveis com panleucopénia, um terceiro veterinário recusou fazer análises ao sangue, apesar da nossa sugestão. Após um raio-X inconclusivo, a gatinha foi enviada para casa sem diagnóstico. Este profissional, tal como os dois anteriores, também a colocou diretamente na mesa. A condição agravou-se horas depois. Voltámos ao hospital nesse mesmo dia, mas ela faleceu poucas horas após ser internada. A suspeita de panleucopénia só foi mencionada após o óbito — uma das doenças mais comuns e fatais em gatinhos não vacinados, contra a qual é dada a primeira vacina. O diretor clínico afirmou que iria ele próprio fazer a necrópsia (autópsia para animais) e enfatizou bastante que poderia não ser conclusiva. Foi então que decidimos levar o corpo da nossa gatinha ao Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) para garantir a imparcialidade. Pedimos ao HVSB que mencionasse expressamente a pesquisa por panleucopénia no formulário enviado ao INIAV. O documento foi enviado 2 vezes sem pesquisa por panleucopénia. Só à terceira tentativa, após a nossa contínua intervenção é que o HVSB incluiu o pedido. Incompetência ou outro motivo? O resultado confirmou: panleucopénia felina. Elaborámos uma queixa formal de 10 páginas ao Conselho Profissional Deontológico da Ordem dos Médicos Veterinários, com nove documentos anexos. A resposta limitou-se a indicar que não seriam tomadas medidas, anexando apenas a resposta do diretor clínico, que procurou ridicularizar os factos apresentados sem assumir qualquer responsabilidade, tendo inclusive escrito incorretamente várias vezes o nome do nosso outro gato. Não nos surpreendemos com esta postura. No próprio dia da morte da gatinha, reunimo-nos com o diretor clínico, que demonstrou total insensibilidade. Utilizou um tom de comunicação ríspido e pouco empático, suspirou repetidamente e chegou a afirmar que se sentia “uma vítima”, dizendo para termos cuidado com as palavras, referindo o caso de uma amiga que desistiu da profissão. Ainda mais grave, disse: “a panleucopénia é um vírus que anda no ar” — o que é falso. O vírus não é aerossolizado, esse é um facto básico para qualquer profissional da área. Mais tarde, quando levámos o nosso outro gato à Faculdade de Medicina Veterinária (FMV), em Lisboa, e relatámos o sucedido, a veterinária ficou visivelmente chocada. Informou-nos de que, no FMV, é prática colocar um tecido esterilizado sobre a mesa de exame especificamente no caso de gatos não vacinados, como medida de prevenção contra o risco de contágio de doenças infecciosas — uma medida básica de biossegurança ignorada no HVSB. Partilhamos esta experiência com o objetivo de alertar outros tutores para os potenciais riscos associados a determinadas práticas clínicas. A nossa gatinha confiou-nos para a proteger e nós confiámos neste hospital. Essa confiança foi comprometida, com a pior consequência para a nossa gatinha.