Galeria 111

Num dos meus passeios matinais de domingo, visitei a galeria 111 e digo-​vos que fiquei agradavelmente surpreendida com o que encontrei. Não é um espaço muito grande, tendo apenas duas divisões, não muito grandes, com exposições constantes muito interessantes, que saem fora daquilo que estamos habituados a ver no circuito cultural habitué. Como era domingo de manhã, a entrada foi gratuita, mas sei que nos restantes dias, custa apenas 2 euros, sendo um preço simbólico para aquilo o bom que encontramos aqui.

Não conhecia esta galeria, talvez por estar a meio caminho entre o Campo Grande e Entrecampos, e por ser uma zona por onde não costumo passear-​me. Mas há sempre uma primeira vez e a minha foi há bem pouco tempo tempo. Passei junto da galeria e pela montra não resisti e fui conhecer o espaço. A galeria tem um espaço excelente para exposições. Moderna, bem iluminada e equipada permite que tenhamos acesso à cultura de uma forma priveligiada. Vi a exposição de David Oliveira entitulada de Corpo Habitado. Adorei a exposição e o espaço. Vou estar atento a novas iniciativas.

Com três algarismozinhos apenas se escreve o nome desta Galeria que, ao mesmo tempo, é tão importante para a minha vida cultural lisboeta. Nem me recordo bem de qual foi a primeira exposição que tive a feliz oportunidade de conhecer nos longos corredores deste espaço. Porém, sou um profundo admirador de todos os trabalhos do pintor Urbano, nomeadamente a exposição «O Fundo das Naus». Além de se ter centrado nas temáticas dos livros e do mar, que me são especialmente queridas, este trabalho marcou-​me pelo traço singular de Urbano que brilhantemente consegue conjugar dois temas que, à partida, não teriam muito em comum. A destacar ainda uma exposição de David Oliveira, patente no ano passado, que, aliando o desenho a esculturas em arame, consegue criar uma representação tridimensional do corpo humano, nas suas mais variadas vertentes.