Escrever Escrever

Numa palavra? Adoro. Adoro a Escrever Escrever. A localização foi um peso forte na minha decisão em frequentá-​la — está num dos prédios que circundam o Largo Camões. Mas melhor são as instalações; contemporâneas e confortáveis. O instituto tem vários cursos à disposição, mas o meu preferido e escolhido foi a Escrita Criativa (à altura, uma prenda de anos de mim para mim). Distribuída por quatro sessões ao longo de mês, tive formações de manhã — aulas com um grupo simpático de pessoas e professores desafiantes. Aprendi imenso e aconselho a quem gosta mesmo muito de escrever. É de valor.

O João recomendou-​me. «Dou lá cursos de escrita para BD»
E eu fui conhecer. Primeiro na internet e apontei todos os cursos que queria fazer porque a escrever escrever está atenta às paixões de pequenos escritores mas também às tendências de mercado. Depois fui conhecer o espaço porque não sabia até que ponto seria credível fazer um workshop de escrita criativa um só dia. Explicaram-​me que é como sacudir o pó dos livros das prateleiras, ou neste caso da mente que às vezes se prende a ela mesma. O pó não é empecilho nenhum para se escrever só precisa mesmo de uma sacudidela de um arejar de sentidos, depois é escrever, escrever.
Namorei vários cursos entre a escrita criativa e a escrita de viagens, estou a fazer um mealheiro, um dos muitos, para regressar aqui. Acabei por fazer um curso prático de revisão de textos que completou a minha formação profissional e deu frutos ainda que num trabalho freelance.
O João já não dá lá cursos, seguiu em frente ganhou asas e está no estrangeiro bem e feliz. O que só pode se rum bom sinal para uma escola que parece ser mais da moda do que das letras mas isso é só pó porque as letras somos nós só há que escrever, escrever!

Por onde começar com a Escrever Escrever… Já lá fiz dois workshops: «Como escrever para revistas» e «Escrever livros infantis» (algo assim) com o escritor David Machado. Adorei este último, que frequentava após o trabalho. As salas são agradáveis e equipadas com o essencial. Nada de computadores. As ferramenta são uma folha de papel em branco e uma caneta, para obrigar a criatividade a fluir.
Os cursos foram espectaculares, os formadores também. É um sítio que recordo sempre com carinho e como uma incubadora de ideias que me surgiram e que, quem sabe, ainda surgirão.
Na sala onde decorria o workshop dos livros infantis, havia à disposição dos formandos água, chá quente e bolachinhas, para nos aquecer durante as horas nocturnas de Inverno. Achei o toque muito simpático por parte da Escrever Escrever e, sinceramente, dava um sentimento de estar em casa, de conforto. Adorei.