Casa Castor

Ainda me lembro da Castor quando era muito mais pequena, mais escura e mais clássica. Está mais bonita, mais moderna, sem perder o rigor que a marcou desde a sua abertura nos anos sessenta. Não é uma loja barata nem tem muito a ver comigo mas ainda hoje tenho uma Fred Perry verde escura que o meu pai lá comprou e que eu herdei. Mas apesar de não ser o meu estilo de roupa, há peças que adoro e que tenho pena que não estejam à venda. As Vespas com que eles «enfeitam» as montras. Podiam oferecer uma a quem fizesse uma compra e eu prometo, passava a ser cliente assídua. Acho que vou lá passar e propor-​lhes isso.

Há lojas que conseguem não passar de moda, mas manterem-​se fiéis ao estilo com o qual começaram.
Esta Castor tem uma elegância clássica e penso que escolhe das grandes marcas os modelos que não «atraiçoam» o seu género.
Lembro-​me de o meu pai ter roupa da Castor e agora, o meu marido, quando precisa de um blaser mais aprumado vai à Castor.
O espaço é grande e arejado e podemos circular e ver à vontade sem que venham imediatamente «pressionar-​nos» embora, se pedirmos ajuda sejam de grande cuidado com o cliente.
Ao contrário de outras casas do mesmo gabarito têm o cuidado de ter tamanhos grandes para todos os artigos expostos.

Foi nesta loja da Avenida da Igreja que comprei o meu primeiro fato Principe de Gales… Imaginem aos anos que isto foi… Basta que pensem há quantos anos não se vê um Principe de Gales numa montra… Com grande pena minha.
Ainda assim, continuo a acreditar que, se um dia voltarem a estar na moda, será na Castor que os vou ver pela primeira vez… Entretanto, outros tempos, outras modas e a Castor, já nestas andanças desde a década de 60 do século passado, não ficou parada e, mantendo a elegância de outros tempos, apresenta hoje outras vestes e outras marcas continuando da mesma forma a bem servir que deseje bem vestir.
Não sou fã da Lacoste mas sou da Fred Perry e esta é uma casa onde se encontram alguns modelos clássicos desta marca fazendo com que regularmente cá regresse.