Bora-Bora

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É um bar muito peculiar. Na época, terá certamente feito sensação, com a decoração exótica e os cocktails temáticos. Hoje, parece intocado pelo tempo. Embora todas as estatuetas e elementos decorativos sejam um pouco bacocos, não consigo deixar de simpatizar com este bar, mais não seja por ter sobrevivido décadas sem remodelações nem rebranding. O ponto alto são sem dúvida os cocktails, — um pouco caros mas servidos com pompa e circunstância em enormes canecas Tiki com desenhos e cores diferentes — algums até deitam fumo!

As bebidas sao agradaveis para se ter um bom serao a conversar com grupo de pessoas
.tem boa musica de ambiente que torna agradavel, um ponto negativo é a luz no meu entender que é pouca. quem é fumador pode fumar

Visita-​se este bar pelo castiço que é entrar num espaço em que o tempo parece ter parado há pelo menos 30 anos. Da decoração da casa aos empregados, tudo parece exactamente igual ao primeiro dia em que cá vim, e já nessa altura parecia tudo muito antigo.
As especialidades da casa também sempre foram as mesmas e se o espanto e admiração começa ao olhar para os nomes que elas apresentam na carta, menor não é quando são trazidas para a mesa. Não só são servidas na sua grande maioria em peças de louça, que de alguma forma kitsch são verdadeiramente assustadoras mas ainda por cima, fumegam… Sempre.
Confesso que não as acho particularmente dignas de nota pelo sabor mas pela imagem que nos parece saída de um filme (ainda sem perceber se de comédia ou terror) de meados do século passado, vale a pena experimentar.

Poucas serão as pessoas com mais de 20 anos que nunca tenham ido ao Bora Bora, mesmo que não apaixone todos… comigo foi amor à primeira vista, seguramente há pelo menos 20 anos.
Famosíssimo o «Escorpião» para quem quer a bebida mais forte, mas se já beberam muitos ao longo dos anos, basta pedirem aos empregados para vos servirem umas das experiências que eles gostam de fazer, não se vão arrepender.
Ponto negativo… não surgirem novas bebidas, há anos e anos que são as mesmas. Generosos com umas pequenas bolachas salgadas, batatas fritas e uma rosa para cada senhora.
Simpatia a toda a prova, logo à porta, um porteiro à antiga, se não havia lugares ainda era extremamente simpático e afável.
Infelizmente é daqueles estabelecimentos que os rumores vão dizendo que vai fechar… vai fechar… vai fechar… esperemos que estejam errados.

Como sou originalmente do Porto e lá conheço e já frequentei dois bares polinésios, andava à procura de um cá em Lisboa para saciar o meu desejo por uma das típicas bebidas fumegantes.
E foi aí que encontrei o Bora-​Bora!
Parece que todos os bares polinésios têm uma fonte– óptimo. Gosto de consistência. Gosto também de não saber exactamente o que contêm as bebidas, mas de ler a sua descrição e escolhê-​las de acordo com a que parecer melhor.
Fogo Líquido, «um paraíso de prazer»? Parece-​me bem. Algo sobre uma deusa perversa, também. Conseguem perceber o esquema.
As bebidas não são particularmente deliciosas– na minha opinião-​, mas o elemento novidade (quando o é) compensa. Para além disso, se a vossa bebida calhar ser uma sem fumo, os empregados prontamente a farão fumegar para que não percam nem um bocadinho da experiência de um bar polinésio de Portugal.