Bertrand

I like collecting different things from my travels. One of those things? Books! I imagine one day when I «grow up» and have an adult home, I’d like to have a bookshelf filled with books in different languages — ones that I’ve acquired from my overseas traveling. The irony? The books I buy are children’s books, the ones I grew up reading! So I scoured the shelves looking for one of my favorite children’s book authors: Roald Dahl. What do I see? One copy of GGG (O Grande Gigante Gentil) — The BFG in Portuguese. Score!
I already have a copy in Italian so I asked a clerk if they have any other Roald Dahl books and she immediately said no (without checking the system). Oh… she probably just wanted me out, since they were closing soon. I grab the book and check out. She didn’t have to be so rude, sheesh. But the check out guy was very nice. Overall, such a cute, but large, bookstore in the heart of Chiado. Could’ve spent a lot of time there had it not been so close to closing time.

Grande librairie dans le Chiado, à Lisbonne.
Belle sélection de livres en portugais. Livres en anglais. Magazines internationaux (dont français) et revues spécialisées sur l’art et le design.

Es mi librería favorita en Lisboa, y casi todos los fines de semana que voy por la Baixa, me dejo caer a dar una vuelta por sus estanterías.
Los dependientes son bastante agradables y, aunque no controles mucho portugués te vas a entender perfectamente con ellos. Dicen que es la librería más antigua de Lisboa, aunque por dentro está muy renovada, mantiene ese rollo de librería de toda la vida.
Muy bien, y muy interesantes los precios de algunos de sus libros.

Era uma vez a livraria mais antiga em actividade, conta o GuinessBook, e o resto da história desde 1732 faz-​se Chiado acima, rua Garret abaixo. E eu desde que me aficionei também vou parando sempre e há muitos anos nesta Bertrand com 281 anos de vida e actual como só ela. Paro sobretudo às segundas-​feiras em que há ofertas e descontos especiais nas mesas do meio, ou melhores lá no fundo em outlet, mas eu gosto é de fazer como nos livros, me perder nos corredores, pelas mesmo que seja só para lembrar que se as histórias não envelhecem tão pouco as livrarias. E a Bertrand tem tudo o que o tempo traz de bom, a calma e a certeza de que o que eu procuro, seja clássico ou novo está, em regra, por aqui onde se respira um bom ar e onde se dá a ler tanto e há tanto tempo.

A 1ª vez que entrei nesta livraria foi por curiosidade, por saber que tinha sido nomeada a livraria mais antiga do mundo pelo Guinness Book of World Records. Além da história do que lá já se passou, esta livraria destaca-​se pela dimensão e pela arquitectura. Quando se entra na livraria sente-​se logo o agradável cheiro a papel que faz logo apetecer folhear os livros. A livraria está dividida em 6 salas, umas a seguir às outras, cobrindo todos os temas que possamos imaginar. A sala de entrada tem grandes estantes antigas em madeira, proporcionando uma sensação acolhedora de biblioteca. Uma das coisas que mais gosto nesta livraria, além do facto de ter uma enorme variedade de livros de qualquer tema, é a forma como os livros estão dispostos, que quase convida a folheá-​los e a descobri-​los. Na última sala existe uma das maiores secções de livros infantis e jogos didácticos que conheço em Lisboa, e onde vou sempre que quero comprar um 1º livro (de plástico para o banho) para um bebé ou um livro ou jogo para uma criança um pouco mais crescida.

Provavelmente a mais antiga livraria do mundo, aberta no século XVIII, será também a mais conhecida de Lisboa e um ponto de paragem obrigatório para quem vem ao Chiado. Não é tão espectacular na forma como a Lello do Porto mas é na sua alguma sobriedade que facilmente me perco. Venho cá desde que me lembro, que o meu pai é fanático, e distraio-​me sempre sala atrás de sala, parece que nunca mais acabam, nesta livraria que ocupa grande parte do quarteirão, dividindo-​se por temas até as revistas e aos descontos, ao fundo.
Em cada sala tende a haver pelo menos um empregado para responder às perguntas, notando-​se um atendimento mais personalizado que numa livraria de centro comercial, e é de notar também que a cada sala, menos um pontinho na rede do telefone. Passados mais de 200 anos a Bertrand continua a ser paragem obrigatória para qualquer pessoa que passé pelo Chiado.
Um conselho, convém que se espreite a rua da Anchieta que há temporadas em que a Bertrand abre a porta dos armazéns para uma feira do livro imperdível.

A livraria Bertrand do Chiado insere-​se numa cadeia de livrarias que se estende por todo o país. Mas tendo em conta o seu caminho particular e características surge como elemento singular.
Fundada em 1732, as suas paredes cheiram e transmitem história, perde-​se a conta dos escritores que frequentaram a livraria, desde Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, Urbano Tavares Rodrigues ou Vergílio Ferreira.
Para quem goste de livros e do que eles proporcionam, este é sem dúvida o local a visitar e poderá tornar-​se o seu sítio favorito. Não é de admirar que tenha sido reconhecida como a livraria preferida da cidade de Lisboa, segundo um inquérito da Associação de Editores e Livreiros (APEL).
É fascinante entrar naquele espaço de tantas salas, que honra o livro de maneira tão nobre. As temáticas são variadas e os livros dispostos de maneira inteligente, anos, décadas e séculos de prática. Um pormenor curioso, sempre que procuro um livro em Lisboa e não o encontro, é aqui que o descubro pelas mãos de um empregado eficiente.
Se for como eu irá perder horas naquele espaço, esquecendo o mundo lá fora, sem remorsos, nem arrependimentos. São momentos inesquecíveis, onde as letras e o saber são inesgotáveis, fazendo parte da cidade como testemunho da sua história.

Livrarias Bertrand há muitas. Mas a do Chiado tem, sem dúvida, um significado e um ambiente especiais. Com quase 300 anos de História, sendo, por isso, considerada a livraria mais antiga do mundo, este espaço conta com longos corredores, repletos de milhares de livros sobre os mais variados temas e escritos em numerosos idiomas, onde me perco e descubro novos autores e histórias. Aliás, foi numa das minhas visitas recentes à Livraria que encontrei novas obras de velhos escritores (o livro «Claraboia», de José Saramago) e achei autores com um enorme potencial (como o João Tordo e o seu pessimista «Bom Inverno»).
Acima de tudo, a partir do momento em que entro na Livraria Bertrand do Chiado, cruzo-​me com pedaços importantes da História de Portugal, mais propriamente de Lisboa, através de várias fotografias e de objetos antigos que se encontram um pouco por toda a parte no estabelecimento. Afinal, nos últimos séculos, esta Livraria foi frequentada por personalidades marcantes da nossa literatura, como Antero de Quental, Eça de Queiroz ou Aquilino Ribeiro. Atualmente, a Bertrand do Chiado continua a ser um dos locais favoritos de importantes pensadores portugueses e é frequentemente palco de tertúlias literárias e não só.