Beira Tejo

Mesmo aoo pé da Igreja no largo Ribeiro Santos, quando o pão quente está prestes a sair do forno, a minha alma voa. Adoro o cheiro, o pão é bom, levava sempre o de água quando ali passava diariamente. Tenho saudades da «conversa fiada» por quem ali passava às cinco, hora em que sempre saiam bolos e pães quentinhos

Este espaço situado junto da igreja de Santos-​o-​velho é um espaço tipico de encontro de moradores. É frequente vermos os moradores mais idosos em alegres «cavaqueiras» enquanto esperam pelo pão e aproveitam para beber um chá ou um café. Aqui quase todos se conhecem pelo nome. Uma pequena excepção são os turistas que entram de quando em quando. A sua preferência vai quase sempre os pasteis de nata, expostos numa enorme bandeja junto do balcão.
Gosto deste espaço pela amabilidade dos funcionários (alguns já conheço faz muito tempo) e, pelos seus preciosos conselhos em termos de oferta…“hoje não! É melhor este ou aquele produto…“
O pão é bom e podemos solicitar para fatiar na hora. A oferta de pastelaria não é muito alargada e tem poucos salgados.
Ao almoço tem refeições ligeiras e sopa a preços em conta.

A Beira Tejo tem várias padarias espalhadas pela capital, embora, infelizmente, algumas tenham fechado as portas. A loja de Santos, na Rua de Santos-​o-​Velho, é sempre muito concorrida, tanto por turistas como pelos moradores e trabalhadores da zona, que gostam de comprar ali o seu pão, tomar um café e comer um dos maravilhosos pastéis de nata de fabrico próprio. Esta padaria serve almoços, podendo escolher-​se entre sopas, sandes, saladas ou o prato do dia (há sempre um). Para o lanche aconselham-​se as arrufadas, os croissants folhados ou as torradas em pão de sementes fatiado.
O prato forte da casa é mesmo o pão! Eu adoro pães «kitados» e aqui, para além das variedades mais comuns como os papos secos e as bolas de mistura, posso escolher entre pães regionais, de água, saloios, com sementes de girassol, bagels, prokorn, pão com sementes à fatia e muitos mais. Qualquer um deles muito saboroso e com boa textura, sem o sabor a fermentos típicos do «pão quente». Depois da hora de almoço a oferta reduz substancialmente, mas quem quiser pode deixá-​lo encomendado para levar mais tarde. A única coisa que deixa muito a desejar na Beira Tejo são os salgados, em particular os rissóis, que além de caros por vezes vêm desprovidos de recheio. Mas talvez tenha tido azar…