A Carioca

Fundada em 1936, vende café, chás (entre eles o célebre Gorreana dos Açores) e chocolates, provenientes dos mais variados locais, sobretudo da Ásia (ex. Timor), África (São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Angola), Brasil, Costa Rica, Colômbia, Nicarágua.

O cheirinho a verdadeiro café não passa despercebido a quem passa à porta desta loja. Hoje em dia, e com muita pena minha, este tipo de lojas têm vindo a desaparecer. A chegada das novas máquinas de café com uso de cápsulas fez com que este negócio tenha perdido algum protagonismo. Lembro-​me aqui há uns anos quando ia com a minha mãe comprar café em grão que depois moíamos em casa na hora de preparar o café!! E que aroma!!! Infelizmente esse verdadeiro café está a entrar em vias de extinção!

Tantas e tantas vezes que me desloquei até ao Largo Camões e passeei pelas suas ruas adjacentes, mas nunca reparei na Carioca, que ali está faz quase 80 anos (78 para ser exata). Antes de entrar, noto na sua apresentação um tanto ou quanto vintage, a fazer lembrar-​me uma daquelas antigas mercearias. Divago sobre o nome, ainda escrito através de um sistema de luzes encarnadas, intensas. Entro e admiro-​me com o interior rico em pormenores: armários antigos percorrem o espaço de uma ponta à outra e acolhem, sobretudo, cafés, chás e chocolates. De imediato, um senhor vem ao meu auxílio. «Precisa de alguma coisa?», pergunta-​me. Ao que respondo ter curiosidade sobre os diferentes grãos de café. Explica-​me, então, que os ali presentes provêm de diversos pontos do mundo, Timor e São Tomé incluídos, e que são frescos, moídos e torrados na altura (ao contrário das grandes superfícies). Mostra-​me ainda o lote Camões, que diz ser o mais intenso, e posteriormente o grãos aromatizados: com cheiros a baunilha ou chocolate, por exemplo. A Carioca tem muito que se diga — é entrar, cheirar e levar para casa!

Ao entrar nesta loja, o verso «Cheira bem, cheira a Lisboa» ganha um novo… aroma. Mesmo para quem não é grande admirador de café e afins, é impossível resistir ao perfume tão saboroso que reside em cada uma das prateleiras de «A Carioca». Neste estabelecimento, há cafés (e grãos de café) para todos os gostos, conforme vou lendo em pequenas tabuletas: desde o café Arábica ao café Expresso, passando por uma novidade recente, os cafés aromatizados, que chamam a atenção do meu olfato logo à entrada com os seus variados sabores, nos quais se incluem a baunilha, o chocolate e a avelã.
Apesar de o aroma ser tentador, na verdade, não sou lá grande apreciador de café. Por isso, quando passo pela Praça Luís de Camões, é frequente entrar em «A Carioca» e sair de lá cheio de chocolates e rebuçados, que confortam tanto a alma, principalmente nos dias mais cinzentos. Para um lanche quente em casa, compro, uma vez por outra, alguns chás, especialmente chás verdes. Nota especial para o atendimento, sempre muito simpático e disponível.

Lissabon ist ein Mekka für Leute, die kleine, inhabergeführte Läden lieben. Die Innenstadtviertel Bairro Alto, Alfama, Baixa sind einfach und glücklicherweise nicht für große Shoppingcenter, die es auch irgendwo in Lissabon gibt, gemacht. Einer dieser wunderschönen alten Läden ist «A Carioca» im Bairro Alto. Hier gibt es frisch gerösteten Kaffee aus aller Herren Länder — besonders die ehemaligen portugiesischen Kolonien (Brasilien, Cabo Verde, São Tomé e Principe) sind vertreten, aber natürlich auch andere Kaffeenationen wie z.B.Kolumbien. Es gibt sortenreine Bohnen, aber auch hauseigene Mischungen. Man kann sich die Bohnen unterschiedlicher Größe anschauen und natürlich auch mahlen lassen.
In ein schönes Päckchen geschnürt, nimmt man den Kaffee dann mit nach Hause, wer Lust hat kann sich die handbetriebene Kaffeemühle, eine Schokolade zum Kaffee oder anderes Zubehör gleich mitnehmen. Bedient wird man übrigens von sympathischen, älteren Herren — Portugiesischkenntnisse sind von Vorteil. Ein «Carioca» ist übrigens ein mit bißchen Wasser verdünnter portugiesischer Espresso (in Lissabon «bica» genannt). Aber über die portugiesischen Kaffeevariationen könnte man fast einen Roman schreiben.